quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

 Eu sei como é ter de segurar as lágrimas e só chorar quando estiver o chuveiro ligado, ou quando estiver deitada, para ninguém perceber o que se passa.
Eu sei como é começar a reflectir sobre a vida antes de dormir, e certificar-me de que ninguém me ouve para começar a chorar.
Eu sei como é sofrer dolorosamente que ás vezes preciso de fingir que vou á casa de banho, ou beber água, só para ir lavar a cara e recompor-me.
Eu sei como é ter os olhos húmidos e aquele medo de não ser suficientemente forte para não deixar cair as lágrimas em público.
Mas ás vezes não dá, nem sempre consigo ser forte, é que a dor no peito é tão grande que não me consigo conter, e então aí começam as lágrimas a escorrerem pelo meu rosto.
Sei como é sentir um nó na garganta, que me sufoca, até que cedo e choro.
Também sei como é chegar a casa deitar-me na cama, pegar numa almofada e chorar tanto mas tanto, que começo a perder todas as minhas forças, e de tanto chorar adormeço, como se o meu coaração disse-se: - Já sofres-te muito hoje, é altura de descansares.

Acredita, eu sei como é isto tudo.

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